O médico da família e pós-graduado em psiquiatria Werley Peres afirmou que muitas pessoas têm procurado unidades de saúde na crença de que foram infectadas pela Covid-19 quando na verdade estão sofrendo um ataque de ansiedade.
Ao Jornal da CBN Cuiabá, na manhã de terça-feira (11), o médico disse que pacientes têm confundido a falta de ar oriunda de crises de ansiedade com uma infecção pelo novo coronavírus.
Peres explicou que, apesar de a falta de ar ser um dos sintomas mais conhecidos da Covid-19, ela geralmente ocorre após algum tempo de infecção. Por outro lado, a mesma condição pode ser verificada no momento em que a pessoa estiver tendo uma crise de ansiedade.
O médico destacou que é necessário manter todos os cuidados não farmacológicos em torno da doença. Porém, alertou que o medo da Covid-19 não pode ser paralisante, de forma que não impeça a população de realizar atividades com baixo risco de contágio, a exemplo de caminhadas pela rua.
“O medo tem gerado quadros depressivos e transtornos de ansiedade, principalmente naquelas pessoas que já tiveram a doença ou tiveram algum familiar que morreu. Aí as pessoas ficam com medo de pegar a doença, evoluir para a mesma situação e perder a vida”, disse o médico.
“O medo de pegar é muito maior do que o de fazer atividades leves, como caminhar ao ar livre na rua – que não tem risco a menos que você esteja em aglomerações”, acrescentou.
Diante de situações de estresse, sobretudo neste momento de pandemia, o médico recomentou que a população busque realizar um processo de “higiene mental”, no qual são aliviadas parte das tensões diárias.
Segundo o médico, alguns passos básicos que envolvem a higiene mental são: manter o sono regulado; evitar o excesso de notícias ruins e praticar exercícios físicos.
