O investigador da Polícia Civil Mário Wilson Vieira da Silva Gonçalves será levado a júri popular nesta segunda-feira (15), acusado pela morte do policial militar Thiago de Souza Ruiz, ocorrida em Cuiabá.
O julgamento será realizado no Fórum da Capital e ficará sob a presidência da juíza Monica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal. Mário responde por homicídio qualificado, com as agravantes de motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele está em liberdade desde setembro de 2023.
O crime aconteceu em 27 de abril de 2023, dentro da loja de conveniência de um posto de combustível localizado em frente à Praça 8 de Abril. Desde então, a defesa do investigador tentou obter a absolvição por meio de pedidos baseados em legítima defesa, tanto no Tribunal de Justiça de Mato Grosso quanto no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas todos os recursos foram negados.
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Mário Wilson estava acompanhado de um amigo quando foi até a conveniência. No local, eles encontraram uma terceira pessoa, que apresentou o investigador à vítima.
Ainda segundo o MPE, o investigador e o policial militar passaram a desconfiar um do outro quanto à condição de policial, o que deu início a um desentendimento. Durante a conversa, Thiago teria levantado a camisa para mostrar uma cicatriz, momento em que Mário teria visto o revólver que o PM carregava na cintura.
A denúncia aponta que o investigador se apoderou da arma da vítima, afirmando que acionaria a polícia para verificar a legalidade do armamento. Em seguida, sacou a pistola que portava, apontou em direção a Thiago e depois a guardou novamente, permanecendo com o revólver do policial militar em mãos.
Na sequência, a vítima tentou recuperar a arma, e os dois entraram em luta corporal, chegando a cair no chão. Testemunhas tentaram intervir para separar a briga, mas, durante a confusão, Thiago foi atingido por diversos disparos de arma de fogo efetuados pelo investigador, não resistindo aos ferimentos.
