domingo, 14 de dezembro de 2025
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MUDANÇA DE TOM

“A vingança nunca é plena”, diz Abilio ao recuar de fala sobre demitir por política

Abilio disse que a polarização não deve justificar demissões ou retaliações

Da Redação – Gustavo Reis

Após repercussão negativa, o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), recuou do discurso em que sugeria que empresários demitissem funcionários por divergência ideológica. Em vídeo divulgado nesta terça-feira (9), o gestor afirmou que ninguém deve ser perseguido por opinião política e defendeu mais equilíbrio nas relações de trabalho e familiares.

Com voz mais mansa e adotando um tom menos combativo do que o que costuma utilizar, Abilio disse que suas declarações anteriores foram “mal interpretadas” e que decidiu esclarecer seu posicionamento. Segundo ele, a demissão ou perseguição por motivação política “não é o caminho”.

“Você não deve perseguir ninguém por opinião política. Não deve guardar prints, provocar discussões ou mandar embora alguém por causa disso. Esse não é o caminho”, afirmou.

A mudança de postura ocorre após falas feitas pelo prefeito logo depois da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro, para cumprimento de pena por liderar a tentativa de golpe de Estado. À época, Abilio havia dito que empresários deveriam “esperar o momento certo” para demitir funcionários que não compartilhassem dos mesmos valores políticos.

No vídeo mais recente, o prefeito defendeu o respeito no ambiente de trabalho e afirmou que atitudes baseadas em revanchismo apenas ampliam conflitos. Para ele, o diálogo é essencial, especialmente diante do cenário de polarização política no país.

“Não se deve mandar embora uma pessoa simplesmente porque ela pensa politicamente diferente. Isso não resolve o problema. O momento político é difícil, mas precisamos agir com mais sabedoria”, disse.

Abilio também usou como exemplo a regularização fundiária da área do Contorno Leste, ressaltando que, apesar de a maioria dos moradores ter posicionamento político distinto do seu, a gestão optou por uma decisão “humanitária”, voltada às necessidades das famílias.

“No fim das contas, não se trata de quem votou ou deixou de votar em mim. São famílias, crianças, idosos, pessoas com deficiência. Essa escolha não foi ideológica, foi para cuidar de quem precisa”, afirmou.

Ao reforçar o discurso contra a revanche política, o prefeito recorreu a uma frase popularizada pelo personagem Seu Madruga, do seriado Chaves.

 “A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena”.

Ele ainda aconselhou que divergências políticas não rompam relações pessoais.

“Não perca amizades ou laços familiares por causa de posicionamento político. Vamos conviver num espaço democrático com opiniões diferentes”, declarou.

Por fim, o chefe do Executivo avaliou que a proximidade das eleições de 2026 tende a intensificar as tensões políticas e alertou para a necessidade de evitar embates no trabalho e no ambiente familiar, em nome do diálogo e da convivência democrática.

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