O PL definiu que o senador Wellington Fagundes será o nome do partido para disputar o Governo de Mato Grosso em 2026. A confirmação foi feita pelo presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, em reunião realizada na noite de quarta-feira (3), em Brasília. Com isso, fica descartado um eventual apoio ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos).
Segundo Fagundes, a sigla já trabalha com duas pré-candidaturas majoritárias: a dele ao Governo e a de José Medeiros ao Senado.
“O PL tem um pré-candidato a governador e um a senador. Isso nos dá a certeza de buscarmos a vitória com pé no chão”, afirmou o parlamentar.
O possível apoio do PL a Pivetta havia sido ventilado em outubro, após relatos de que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria sinalizado simpatia ao vice-governador. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro chegou a posar ao lado de Pivetta em um ato em Brasília. A movimentação provocou crise interna na sigla.
Também circulou a informação de que Bolsonaro gostaria de apoiar o governador Mauro Mendes (União) para a segunda vaga ao Senado em 2026. A possibilidade perdeu força depois da troca de farpas entre Mendes e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente. “Ainda temos outra vaga ao Senado para compor com partidos de direita e centro-direita”, disse Fagundes, indicando que o cenário ainda está em aberto.
As articulações ocorrem em meio à nova fase do bolsonarismo após a prisão definitiva de Jair Bolsonaro, que cumpre pena de 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Detido na sede da Polícia Federal em Brasília desde 25 de novembro, Bolsonaro não participa mais diretamente das negociações eleitorais. A comunicação tem sido feita por meio de seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo, e da esposa Michelle, que enfrentam divergências internas.
Mesmo assim, Fagundes demonstra confiança na força eleitoral do PL, que administra 47% da população de Mato Grosso. O desempenho, segundo ele, é resultado do avanço do partido nas eleições municipais de 2024, quando foram eleitos 23 prefeitos. O União Brasil venceu em 60 municípios.
“Conseguimos eleger um número expressivo de vereadores, prefeitos e vice-prefeitos. Hoje o PL administra 47% da população de Mato Grosso. Isso nos confirma que chegou a hora de o PL governar o Estado — e vamos governar com todos”, declarou.
