terça-feira, 2 de dezembro de 2025
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GOLPE DO FALSO MÉDICO

Polícia prende grupo que extorquia famílias de pacientes internados em UTIs

Entre as ordens judiciais, estão nove mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão

A Polícia Civil cumpre nove mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão na Operação Cura Ficta, deflagrada nesta terça-feira (2) em apoio à Polícia Civil do Rio Grande do Sul. As ações ocorrem em Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro.

A investigação, conduzida pela Delegacia de Crimes Patrimoniais Eletrônicos do RS, identificou um esquema interestadual que se passava por médicos de UTIs para extorquir familiares de pacientes internados. As vítimas eram informadas sobre falsos agravamentos no quadro clínico e pressionadas a fazer pagamentos via Pix para exames e medicamentos inexistentes. Os prejuízos registrados no RS já somam dezenas de milhares de reais.

O líder do grupo foi identificado como um detento de 35 anos, preso na Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, em Rondonópolis. Mesmo dentro da cela, ele coordenava ligações, comandava operadores e gerenciava o golpe. Em ações anteriores, já haviam sido apreendidos cadernos com roteiros do golpe, dados bancários e números utilizados nos contatos.

Uma mulher de Rondonópolis, companheira de um dos envolvidos, atuava no suporte financeiro do crime, movimentando contas bancárias e auxiliando no repasse dos valores. Ela usa tornozeleira eletrônica.

A investigação também apontou operadores no Rio de Janeiro responsáveis por fornecer contas bancárias usadas para receber o dinheiro das vítimas. Em um dos alvos de Mato Grosso, os policiais identificaram 121 chaves Pix cadastradas no mesmo CPF, indicando o uso profissional das contas para lavar o dinheiro obtido.

O grupo utilizava ainda emuladores de Android para operar diversos aplicativos de bancos e WhatsApp ao mesmo tempo, dificultando o rastreamento. Parte do dinheiro era destinada ao financiamento de uma facção criminosa com atuação em Mato Grosso.

A operação busca prender os envolvidos, apreender equipamentos e asfixiar o fluxo financeiro do esquema. O nome “Cura Ficta” faz referência ao falso tratamento usado como pretexto para enganar as vítimas.

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