ANA MOURA – DA REDAÇÃO
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) confirmou nesta terça-feira (30) que tomou conhecimento de um pedido de cassação contra seu mandato apresentado na Câmara Municipal de Cuiabá.
O documento, protocolado por uma cidadã com base no Decreto-Lei 201/1967, será lido em plenário na sessão de quinta-feira (02) e fundamenta-se em uma notícia de fato instaurada pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Segundo o requerimento, a parlamentar teria exposto uma adolescente de 16 anos a constrangimento durante audiência pública realizada em 20 de agosto para debater violência sexual contra mulheres e crianças. Na ocasião, a jovem subiu à tribuna e relatou abusos sofridos pelo pai, tio e padrasto, além de revelar que foi obrigada a consumir álcool e drogas. Ela também disse ser mãe de uma criança.
As declarações foram transmitidas ao vivo pelo canal oficial da Câmara no YouTube, mas o vídeo foi posteriormente retirado do ar, gerando forte repercussão pública e questionamentos sobre a conduta da vereadora. Especialistas em direito e proteção de menores ressaltam que a exposição de vítimas de violência sexual é vedada por lei e pode configurar violação de direitos fundamentais, colocando em debate a responsabilidade da parlamentar na condução do evento.
Em nota, Maysa Leão afirmou que o setor jurídico de seu gabinete solicitará nesta quarta-feira (01) um parecer oficial à Procuradoria da Câmara e que só se manifestará publicamente após ter acesso aos documentos. A vereadora destacou ainda que mantém “respeito às instituições e à tramitação regular dos processos internos da Casa de Leis, com serenidade e responsabilidade que o cargo exige”.
Confira nota na íntegra:
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) informa que teve conhecimento do pedido de cassação contra seu mandato nesta terça-feira (30).
Amanhã (01/10), o setor jurídico de seu gabinete irá solicitar à Procuradoria da Câmara o parecer oficial sobre o caso. Somente após o acesso aos documentos, a parlamentar deverá se manifestar publicamente.
A vereadora reafirma seu respeito às instituições e à tramitação regular dos processos internos da Casa de Leis, mantendo a serenidade e a responsabilidade que o cargo exige.
