ANA MOURA – DA REDAÇÃO
A empresa CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo em Cuiabá, não compareceu à reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nesta quarta-feira (24), na Câmara Municipal. A ausência, considerada estratégica, impediu a “acareação” direta com o prefeito Abilio Brunini (PL), que esteve presente para expor os pontos que considera lesivos no contrato firmado entre o município e a concessionária.
Em nota, a CS Mobi justificou que não participaria da oitiva devido ao que chamou de manifestações “combativas” do prefeito, a quem acusou de transformar a discussão em “embate midiático”.
“Ressalta-se o entendimento de que o embate midiático que pretende promover o Sr. Prefeito em nada beneficiará o debate público, ao contrário, é uma forma de induzir ao erro e causar impactos negativos e um ambiente de insegurança jurídica”, diz trecho do comunicado.
A CPI foi instaurada em fevereiro deste ano para apurar possíveis irregularidades no contrato firmado ainda na gestão de Emanuel Pinheiro (PSD). O acordo prevê, além da gestão do estacionamento rotativo, a revitalização de vias do centro, a requalificação do Mercado Municipal Miguel Sutil e a instalação de mobiliário urbano.
O prazo da concessão é de 30 anos, com repasse mensal de R$ 650 mil da Prefeitura à empresa, garantido pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Nos últimos meses, Abilio Brunini tem criticado publicamente a execução do contrato e afirmado que avalia a possibilidade de rompimento. Segundo ele, a empresa estaria em atraso com obrigações previstas. A concessionária, por sua vez, rebate, alegando que cumpre rigorosamente o cronograma e que os atrasos são responsabilidade da Prefeitura.