THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
A presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Paula Calil (PL), criticou a decisão que determinou a manutenção dos salários dos vereadores afastados Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB).
Ambos foram alvos da Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil no mês passado. Eles são suspeitos de terem recebido propina da empreiteira HB20, responsável pela obra do Contorno Leste, orçada em R$ 125 milhões, em Cuiabá.
A decisão, proferida na segunda-feira (2) pela juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, atendeu a um recurso dos parlamentares. A magistrada esclareceu que o afastamento cautelar não incluiu a suspensão dos salários e, portanto, os pagamentos devem continuar conforme previsto em lei.
Paula Calil afirmou que estuda recorrer da decisão, alegando impacto financeiro no orçamento da Casa.
Segundo ela, com a posse dos suplentes, que também recebem salários, a Câmara passou a pagar 29 vereadores, quando o orçamento é previsto para 27.
“Sou responsável pelo orçamento desta Casa. Com dois salários a mais, há impacto financeiro. Além disso, os vereadores afastados não estão exercendo suas funções nem participando das sessões”, argumentou.
A presidente ressaltou que, na visão da Procuradoria da Câmara, quem não está em atividade não deveria ser remunerado. Ainda assim, afirmou que a decisão judicial será cumprida enquanto avalia a possibilidade de recurso.
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