O presidente da Federação Mato-grossense das Indústrias, Gustavo de Oliveira, classificou como “extremamente preocupante” os bloqueios que estão sendo realizados em rodovias de Mato Grosso, desde que foi declarada a vitória do ex-presidente Lula (PT) à presidência.
As manifestações ocorrem também em diversos estados brasileiros. Em Mato Grosso, até o início da tarde, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabilizava 16 pontos de interdição e mais de 6,4 mil manifestantes nas estradas.
“De maneira inesperada, com a divulgação do resultado das eleições, começamos a ter sistematicamente no Brasil, diversos bloqueios de estradas federais e estaduais. Aqui em Mato Grosso, um estado altamente dependente da logística rodoviária, já podemos sentir algum impacto de redução do abastecimento em cidades mais remotas”, disse Oliveira.
“É um cenário muito preocupante de perspectiva de desabastecimento de combustíveis, alimentos e outros itens essenciais”, emendou o presidente.
Segundo ele, muitos transportadores não estão iniciando a operação de novos fretes e isso pode comprometer, ainda mais, os estoques de insumos e o fornecimento de produtos industrializados para exportação e outros mercados consumidores.
O presidente se reuniu na manhã desta segunda-feira (31), com o governador Mauro Mendes (União Brasil) e com o secretário-chefe da Casa Civil, Rogério Gallo para tratar do assunto.
Todos devem buscar tratativas com entidades, governo federal e demais estados para tentar por fim às manifestações.
“Estamos acompanhando de perto o cenário e tentando uma saída negociada para que esses bloqueios possam ser suspensos e, a partir daí, a normalidade da logística em Mato Grosso possa ser restabelecida”, disse.
“É um cenário muito preocupante, que merece toda atenção e nosso monitoramento e desde domingo à noite, não só Fiemt, mas também a Confederação Nacional das Indústrias está de plantão acompanhando os desdobramentos desse grave episódio que impacta a logística de nosso país”, concluiu.
