terça-feira, 21 de outubro de 2025
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SESSÃO NA CÂMARA

Paccola chora ao se defender de cassação: “Tragédias acontecem”

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

A Câmara de Cuiabá realiza, na manhã desta quarta-feira (5), uma sessão extraordinária para votar o pedido de cassação do vereador Marcos Paccola (Republicanos) por quebra de decoro parlamentar.

Paccola é réu por homicídio qualificado pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, ocorrido no dia 1º de julho, no Bairro Quilombo.

Na ocasião Myagawa estava de costas, com uma arma na mão, atrás de sua namorada, Janaína Sá. O vereador atirou três vezes contra o agente, que não resistiu.

A sessão teve início por volta de 10h com a leitura do relatório da Comissão de Ética, que deu parecer favorável à cassação do parlamentar. O pedido partiu da vereadora Edna Sampaio (PT).

Por volta de 11h30, Paccola iniciou sua defesa. Ele chorou ao dizer que não se sente satisfeito com o resultado da sua ação naquele dia.

“Em momento algum me senti feliz ou satisfeito com o resultado, em se tratando principalmente de um colega de profissão. Às vezes, ouvindo minhas falas, não tenham visto as minhas lágrimas, nem as da minha família. Não pensem ao irmão, a mãe, eu também tenho mãe”, disse o vereador, emocionado.

Ele completou dizendo que poderia ter sido morto caso não tivesse tomado a decisão de atirar no agente, uma vez que ele também estava armado.

“Não por que ele é uma pessoa má, mas numa situação em que duas pessoas se encontram em um cenário de arma de fogo, dificilmente há um resultado diferente daquele que aconteceu”, afirmou.

“Infelizmente, essas tragédias acontecem diante do cenário que se impõe para cada um”, acrescentou.

Paccola frisou que naquela situação, a percepção que teve é de que Myagawa executaria a namorada.

Ele ainda disse que não espera benevolência dos vereadores.

“Não quero que os senhores votem para me ajudar ou me prejudicar, nem por influencia de A ou B, mas por suas próprias convicções”, disse.

Não foi fixado um tempo limite para que Paccola faça sua defesa, por isso não é possível saber quando ele encerrará sua fala e, consequentemente, o término da sessão.

Conforme o regimento interno da Casa de Leis, é preciso a maioria absoluta dos votos para que o mandato dele seja cassado.

Assim, para tirá-lo da Câmara, será necessário que 13 dos 25 vereadores votem a favor da cassação, independente do quórum (quantidade de parlamentares presentes na sessão).

Acompanhe a sessão:

 

 

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