A Polícia Civil desencadeou nesta quinta-feira (5) a Operação Ditadura Faccional CPX para cumprir ordens judiciais contra investigados por dois homicídios ocorridos em Cuiabá e Várzea Grande. Um dos casos é atribuído à disputa entre facções criminosas; o outro, a uma motivação passional.
Ao todo, foram expedidos 11 mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão domiciliar pela 1ª Vara Criminal de Várzea Grande. Eles se referem à investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sobre tortura, homicídio e ocultação de cadáver registrados em agosto, em um residencial no município.
Na mesma operação, também foram cumpridos dois mandados de prisão temporária autorizados pela 12ª Vara Criminal de Cuiabá, direcionados a um casal apontado como responsável por um homicídio ocorrido em março, no bairro Três Barras. Conforme as apurações, o crime teria relação com ciúmes e conflitos pessoais.
As ordens são cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e Jaciara. A ação integra a operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero do Governo de Mato Grosso, voltado ao enfrentamento de facções criminosas.
Homicídio em Várzea Grande
As investigações da DHPP apontam que José Wallafe dos Santos foi torturado e morto em 8 de agosto, após ser rendido junto da esposa e do filho de dois anos por integrantes de uma facção. O crime ocorreu dentro de um complexo habitacional e estaria ligado a disputa por território.
A criança ficou sob cuidados de moradores do residencial. O corpo de José Wallafe foi encontrado no dia 20 de agosto, enterrado em uma cova rasa em área de mata próxima ao local. Já em avançado estado de decomposição, apresentava sinais de violência e ferimentos por arma branca.
O delegado Nilson André Faria de Oliveira identificou a participação de vários integrantes do grupo criminoso no homicídio, executado em razão do conflito entre facções rivais.
Homicídio em Cuiabá
Outra frente da operação trata do assassinato de Edinaldo Honorato Lopes, de 36 anos, encontrado morto dentro de casa em 19 de março, com ferimentos provocados por arma branca.
As diligências coordenadas pelo delegado Rogério Gomes revelaram que a vítima tinha contato frequente com uma mulher investigada no caso, o que gerava atritos com o outro suspeito preso. Testemunhas apontaram episódios de ciúmes, desentendimentos e ameaças dias antes do crime.
Na madrugada do homicídio, vizinhos relataram ter visto a mulher e, logo depois, um homem entrando no imóvel. Após trabalho de inteligência, o casal foi localizado em Jaciara e preso. Eles permanecem à disposição da Justiça e devem passar por audiência de custódia.
