ANA MOURA – DA REDAÇÃO
Durante a CPI da CS Mobi que apura o contrato do estacionamento rotativo em Cuiabá, o analista de gestão contratual da CS Mobi, Henrique Rodrigues de Freitas, teve seus dois aparelhos celulares apreendidos na tarde desta quarta-feira (24).
A sessão, realizada na Câmara Municipal, ganhou contornos dramáticos após o funcionário da concessionária ser descoberto, após a empresa dizer em nota que não iria participar.
Durante a reunião, Henrique foi visto filmando os trabalhos. Ao ser interpelado pelos parlamentares, alegou estar de folga e disse que participava por interesse pessoal, sem procuração para representar a empresa. Também admitiu troca de mensagens com colegas da CS Mobi.
Diante da situação, o presidente da CPI, vereador Rafael Ranalli (PL), e o relator Dilemário Alencar (União Brasil) determinaram a apreensão dos aparelhos celulares, argumentando que seria necessário verificar o conteúdo das mensagens trocadas. A decisão fez a sessão ser suspensa momentaneamente. Posteriormente, os vereadores reconheceram que a CPI não tem competência legal para apreender bens, mas defenderam a medida como forma de preservar a integridade dos depoimentos.
Além da apreensão, membros da CPI levantaram a hipótese de que alguém ligado à CS Mobi teria se “infiltrado” no plenário da Câmara com o propósito de acompanhar os depoimentos e captar reações dos parlamentares. A acusação sugere tentativa de monitoramento por parte da concessionária, o que comprometeria a moralidade e a lisura dos trabalhos da comissão.
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