terça-feira, 2 de dezembro de 2025
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CRIME COVARDE

Homem que matou noiva a facadas é condenado a 31 anos de prisão

A condenação do réu terá início de cumprimento imediato e em regime fechado

O réu Wendel dos Santos Silva, 38, foi condenado pelo Tribunal do Júri a 31 anos e seis meses de reclusão pelos crimes de feminicídio em contexto de violência doméstica, cometido contra sua noiva, Lediane Ferro da Silva, 43.

O crime ocorreu no dia 15 de abril de 2023.

Além disso, Wendel deverá pagar R$ 150 mil em indenização por danos morais à família da vítima.

A sentença foi proferida pelo juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo, após cerca de 6 horas de julgamento.

A condenação do réu terá início de cumprimento imediato e em regime fechado.

Ao longo da sessão de julgamento, foram ouvidos o filho da vítima, a filha do réu, uma amiga da vítima e um investigador da Polícia Civil, sendo os três primeiros na condição de informante e o último na condição de testemunha.

O réu também prestou depoimento.

“Feminicida covarde”

A promotora de justiça Andreia Monte Alegre Bezerra de Menezes fez a acusação do réu, classificando-o, por diversas vezes, como “feminicida covarde” e reforçando que “uma imagem vale mais do que mil palavras”, ao começar e encerrar sua sustentação com o vídeo que mostra o momento em que Wendel esfaqueia a vítima, na cozinha da casa dela, após uma discussão entre o casal.

Já a advogada Tatiane Ferreira argumentou que a qualificadora do motivo torpe deveria ser afastada, uma vez que o ciúme alegado pela acusação não poderia ser considerado dessa forma.

Por fim, o Conselho de Sentença considerou todas as três qualificadoras apresentadas pela acusação.

Ao final da sessão, o juiz João Zibordi Lara destacou que o Poder Judiciário entregou à sociedade aquilo que é determinado pela Constituição.

“Todos os direitos e deveres de todas as partes foram devidamente resguardados, exercendo o nosso papel. E conseguimos em tempo também cumprir a determinação do CNJ porque conseguimos em menos de 2 anos, em 1 ano e 5 meses, fazer esse julgamento”

A promotora de justiça Andreia Monte Alegre Bezerra de Menezes disse que sai satisfeita do julgamento. “O Ministério Público entende que de fato a justiça foi realizada, que fica um recado pra soeciedade de Peixoto de Azevedo, pra Mato Grosso e pro Brasil de que nós não vamos aceitar crimes de feminicídio ou qualquer violência doméstica contra a mulher”.

A irmã de Lediane, Osmilda Albuquerque, declarou seu agradecimeento à Justiça divida e terrena que foi realizada. “Eu agradeço a Deus e à Justiça aqui da terra que foi feita, agradeço muito à promotora. As palavras dela foram dando um alívio, apesar de que a gente sofreu muito vendo aquelas imagens, foi muito difícil, meu coração está a mil, não foi fácil estar aqui, mas, agradecemos a Deus pela força que nos deu de estar aqui. É claro que a gente queria que ele pegasse mais, mas a gente sabe que com esses 31 anos e seis meses, ele vai sair com 70 anos da cadeia, então já está bom”, afirma.

Osmilda ainda defendeu a honra de Lediane, que foi desqualificada pelo réu ao longo de seu depoimento. “A minha irmã, vocês podem perguntar para quem conhece ela em Peixoto, era uma pessoa bondosa! Não é porque ela morreu ou porque é minha irmã. Lediane Ferro da Silva era uma pessoa maravilhosa!”, assevera, em tom de revolta.

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