THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
O empresário Idirley Alves Pacheco, acusado de matar a tiros o ex-jogador de vôlei Everton Fagundes Pereira da Conceição, em Cuiabá, negou que o crime tenha sido motivado por ciúmes e alegou que vinha sendo extorquido pela vítima.
A declaração foi revelada pelo delegado Caio Fernando Alvares Albuquerque, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (14), horas após o suspeito se entregar.
“Foi uma conversa informal. O formal interrogatório ainda não foi feito. É uma versão que ele disse para os policiais por ocasião das diligências atrás da arma. Seria uma extorsão, que a vítima estaria extorquindo ele. Mas vamos, no interrogatório, caso ele queira dizer, questionar em que consiste essa extorsão, valores, por quê e quais pessoas estariam envolvidas”, disse o delegado.
“Ele refuta a questão passional”, acrescentou Albuquerque.
Até então, a principal linha de investigação apontava para motivação passional porque a ex-esposa de Idirley, amiga da vítima, foi quem procurou a polícia dizendo que o ex-marido havia sequestrado Everton. A mulher havia solicitado uma medida protetiva contra o empresário no início de julho.
“Obviamente a gente vai verificar se tem alguma plausibilidade nesse argumento dele de extorsão ou se é apenas uma versão isolada dele”, afirmou o delegado.
O crime
O crime aconteceu na noite de quinta-feira (10), nas proximidades da Avenida República do Líbano.
Everton foi morto com ao menos três tiros pelas costas, dentro de uma caminhonete Volkswagen Amarok, pertencente ao empresário.
Segundo a investigação, Idirley teria pedido à vítima que o ajudasse a esconder o veículo, que estava com débitos em atraso.
Após o homicídio, o suspeito fugiu. A Justiça decretou sua prisão após solicitação da DHPP, e ele se entregou na manhã desta segunda-feira (14).