THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
Integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Estacionamento Rotativo, a vereadora Maysa Leão (Republicanos) afirmou ter sido contra a oitiva do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e acredita que ele vai transformar a sessão em um “circo”.
O depoimento está marcado para ocorrer nesta segunda-feira (7), às 14h, no plenário da Câmara Municipal.
A CPI investiga irregularidades no contrato firmado pela gestão de Pinheiro, em dezembro de 2022, com a empresa CS Mobi. O acordo, orçado em R$ 650 milhões, previa a concessão para cobrança das vagas rotativas em vias públicas, construção do novo Mercado Municipal Miguel Sutil e a revitalização de calçadas no centro histórico da capital.
“Desde o início da CPI, eu disse que era arriscado ouvir o Emanuel. Quem vai produzir provas contra si mesmo? Ele vai negar tudo, vai transformar aquilo num circo porque vai ter microfone, holofote, imprensa”, disse em entrevista ao Jornal da CBN Cuiabá nesta manhã.
A vereadora ainda afirmou que a CPI já tem provas para indicar o indiciamento do ex-prefeito por suposto ato de improbidade administrativa no contrato.
Para ela, ao invés de estar sendo chamado para depor na Comissão, Emanuel deveria estar sendo conduzido para responder pelos crimes de corrupção que cometeu na gestão.
“Na verdade, o Emanuel Pinheiro deveria estar sendo conduzido para responder pelas 23 operações que pesam contra ele, para ficar inelegível, e não recebendo palco. Infelizmente, é isso que a CPI está oferecendo hoje. Eu não queria fazer parte desse espetáculo, mas estou aqui porque sou membro da comissão”, declarou.
Apesar da crítica, Maysa destacou que a convocação foi decidida em consenso entre os membros da comissão.
O relator da CPI, vereador Dilemário Alencar (Republicanos), defende a importância do depoimento. O vereador Rafael Ranalli (PL) também concordou com a oitiva.
Assista a entrevista completa:
