terça-feira, 17 de junho de 2025
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ASSASSINATO DE GRÁVIDA

Defesa de bombeira cita estupro na infância e pede inimputabilidade penal

O pedido foi protocolado nesta terça-feira (15) na 14ª Vara Criminal de Cuiabá.

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

A defesa da bombeira civil Nataly Helen Martins Pereira, que confessou ter assassinado a adolescente grávida Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, solicitou à Justiça a instauração de um incidente de insanidade mental e o reconhecimento de sua inimputabilidade penal.

O pedido foi protocolado nesta terça-feira (15) na 14ª Vara Criminal de Cuiabá.

A defesa afirma que Nataly sofre de graves transtornos mentais, desencadeados por um abuso sexual sofrido na infância, em 2011, cometido por um tio.

Esse trauma, segundo a defesa, teria resultado em depressão profunda, tentativas de suicídio e surtos psicóticos recorrentes.

Os advogados André Luís Melo Fort e Ícaro Vione de Paulo sustentam que por conta desse quadro, Nataly não tinha “discernimento lógico, emocional ou racional no momento dos fatos, revelando desorganização psíquica total”.

“Verifica-se, à luz de farta documentação e observações da defesa, que Nataly sofre de distúrbios mentais relevantes, cuja manifestação antecede e se prolonga até o presente momento, com forte impacto sobre sua capacidade de autodeterminação e entendimento da ilicitude dos atos praticados”, argumentaram.

A defesa ainda solicitou a reprodução simulada do crime, para avaliar se seria possível que todos os atos tenham sido praticados por apenas uma pessoa.

“A dinâmica da ação imputada à acusada envolve fatos de altíssima complexidade e gravidade, especialmente no que diz respeito à sequência de atos, local exato de execução, capacidade física da acusada, bem como o tempo necessário para a execução isolada das condutas descritas (imobilização, asfixia, incisão abdominal, ocultação, deslocamento com o recém-nascido, limpeza do ambiente e utilização de documentos falsificados)”, pontuaram.

O crime brutal ocorreu no dia 12 de março, em uma residência no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá.

Nataly confessou que atraiu a adolescente até a casa  para buscar doações de roupas de bebê.

No local, a vítima foi asfixiada e, enquanto ainda estava com vida, teve a barriga cortada na vertical para ter sua bebê roubada.

A assassina  foi presa após levar a recém-nascida ao Hospital Santa Helena e tentar se passar pela mãe da criança.

No mesmo dia,  o corpo da adolescente foi encontrado enterrado em uma cova rasa no quintal da residência.

 

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