sexta-feira, 20 de junho de 2025
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MUSA DO "TIGRINHO"

Amigas são detidas por esconder Corolla Cross de influencer foragida

Emilly Souza é procurada desde a última quarta-feira (2), no âmbito da Operação Quéfren

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

Duas amigas da influenciadora digital Emilly Souza, foragida há uma semana, foram detidas nesta terça-feira (8) pela Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá, suspeitas de terem ajudado a influencer a escapar da Justiça.

Emilly é procurada desde a última quarta-feira (2), no âmbito da Operação Quéfren, deflagrada pela Polícia Civil do Ceará, que investiga um esquema de fraudes envolvendo o chamado “Jogo do Tigrinho”.

A ação foi deflagrada simultaneamente nos estados de Mato Grosso, Ceará, São Paulo e Pará. Outra investigada, a estudante de Odontologia e também influenciadora digital Mariany Dias, foi presa em Várzea Grande.

Segundo a Polícia Civil, os investigadores da Delegacia de Estelionato receberam uma denúncia informando que Emilly estaria escondida em um apartamento na região do bairro Porto.

No local, as amigas afirmaram desconhecer o paradeiro da foragida. No entanto, durante buscas no imóvel, os policiais encontraram na garagem um Toyota Corolla Cross registrado em nome de Emilly, com mandado de sequestro judicial em aberto. O veículo foi apreendido.

As duas mulheres foram conduzidas à Delegacia de Estelionato, onde prestaram depoimento e, em seguida, foram liberadas após assinarem um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

A operação

Ao todo, foram expedidos 13 mandados de prisão, 17 de busca e apreensão, 23 de busca veicular, 15 de bloqueio de bens e valores, além de outras medidas cautelares.

Conforme apurado pela Polícia Civil do Ceará, desde abril de 2024, a maioria dos investigados são agentes de plataformas responsáveis pela contratação de influenciadores digitais para divulgação de cassinos online, através de suas redes sociais para promover sites de apostas não autorizadas e ilegais no país.

As diligências apontam indícios de lavagem de dinheiro, estelionato praticado por parte dos investigados, além da existência de uma organização criminosa articulada de caráter transnacional.

Com milhares de seguidores, os influenciadores digitais gravavam vídeos e imagens com ganhos fictícios em plataformas de cassino online e postavam em suas redes sociais para captar maior número de apostadores.

Os envolvidos também utilizavam conta “demo/teste” para iludir os seguidores, bem como integram uma rede que negociavam diretamente com chefes das plataformas que tem como proprietários pessoas que residem no exterior, a sua maioria na China, fazendo a indicação de outros influenciadores digitais para a divulgação do “Jogo do Tigrinho”.

Os influenciadores digitais eram remunerados de diversas maneiras, desde o pagamento pela simples colaboração (postagem da plataforma), como pela quantidade de novos usuários nas plataformas (cadastro), ou receberiam comissionamento pelo montante de apostas (valores depositados pelas vítimas), movimentando milhões de reais nos últimos anos.

Além do pagamento de valores, os chefes das plataformas também pagavam viagens para o exterior para os agentes e influenciadores digitais, cujas viagens eram ostentadas em suas redes sociais como sinônimo de prosperidade com o jogo. Já os agentes de plataformas eram os responsáveis pela contratação dos influenciadores digitais, além de realizarem festas de lançamento de plataformas.

 

 

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