CAMILA RIBEIRO – DA REDAÇÃO
A reeducanda trans, identificada pelo nome social de Gabi, morreu na tarde desta quinta-feira (25), após passar três dias internada no pronto-socorro de Várzea Grande.
Gabi, de 37 anos, foi agredida por outros detentos no Complexo Penitenciário Ahmenon Lemon Dantas, na última segunda.
A morte foi confirmada pela secretaria de Estado de Segurança Pública.
Após a agressão, a reeducanda recebeu os primeiros socorros ainda na unidade e depois foi internada em estado grave, mas não resistiu.
Ela tinha um quadro de múltiplas fraturas e lesões, principalmente no rosto, crânio e na região lombar.
Segundo a Sesp, imediatamente após o ocorrido, foram adotadas todas as providências necessárias, incluindo o encaminhamento de dois suspeitos à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, que está conduzindo as investigações.
A investigação preliminar, segundo a Sesp, não aponta crime de transfobia.
Gabi ficava em uma ala LGBTQIA+ do bloco de trabalhadores, mas o crime teria ocorrido na hora do almoço, que seria o momento de convivência entre os reeducandos.