CAMILA RIBEIRO – DA REDAÇÃO
O adiamento do jogo entre Dom Bosco e Mixto gerou uma troca de farpas entre as diretorias do Azulão da Colina e a equipe do Primavera (que se sente prejudicada com a situação).
O clássico dos representantes da Capital mato-grossense seria realizado nesta quarta-feira (14), mas o palco do jogo, o Dutrinha, voltou a ser interditado.
Segundo a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), o clássico – válido pela 7ª rodada do Estadual – acontecerá no próximo dia 21.
Atualmente, o DOm Bosco é o lanterna da competição, com apenas 4 pontos conquistados. O Primavera aparece duas posições acima, com seis pontos.
“Amadorismo”
Em nota, a direção do Primavera citou que o adiamento “beneficia coincidentemente o tradicional Clube Esportivo Dom Bosco, lanterna do campeonato e nosso adversário no dia 18/02”.
Segundo a diretoria, com essa mudança, o Dom Bosco terá uma semana livre para trabalho, enquanto o Primavera viaja para Rondonópolis no dia 14 para enfrentar o líder do campeonato, o União.
“São dois jogos seguidos fora de casa, enquanto nosso adversário descansa para nos receber no fim de semana, em disputa direta contra o rebaixamento. Situações como essa descredibilizam e reforçam que o futebol tende a continuar amador, com joguetes políticos e interesses extracampo que influenciam diretamente na valorização da nossa competição”, cita o documento.
O Primavera ainda questionou o fato de o estádio Dito Souza, em Várzea Grande, não receber o clássico Vovô. Esta medida, conforme a equipe, mostraria a seriedade da competição e não influenciaria no planejamento de nenhuma equipe.
“Vitimismo”
O Dom Bosco, por sua vez, disse ter sido pego de surpresa com o adiamento da partida, uma vez que já havia providenciado toda a logística e estrutura necessária ao jogo, como ingressos, policiamento, segurança particular, ambulância, entre outros.
“O ponto facultativo da segunda-feira (12) e o feriado de Carnaval (13) tornaram praticamente impossível organizar, em tempo hábil, o evento em outro local, ou outra cidade, com toda a demanda de novos ofícios. Deste modo, o Dom Bosco também se sente prejudicado, pois todo o planejamento de trabalho com os atletas (treinos, concentração, logística) teve de ser repensado”, citou o clube.
Na nota, o Azulão chamou o Primavera de “novato” e disse que situações desta natureza são suscetíveis de acontecer em um campeonato, em todas as divisões e categorias do futebol.
“Lamentamos a falta de propósito da nota do Primavera, em se descredibilizar o principal torneio do Estado e sua organizadora. Ao presidente do recém-fundado time-empresa do interior, que se vitimiza em sua nota, expomos que foi por acreditar que o princípio da desportividade se sobrepõe em campo é que o Clube Esportivo Dom Bosco chegará ao seu Centenário”, concluiu o clube.