sábado, 28 de junho de 2025
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ASSASSINATO DE CASAL

Filho de Bezerra recorre para tentar diminuir possível pena no Tribunal do Júri

Advogados de Carlos Alberto Gomes Bezerra pedem que seja afastada três qualificadoras do crime de duplo homicídio

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

A defesa do empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra protocolou recurso contra a decisão que o pronunciou a júri popular pelo assassinato da ex-namorada, Thays Machado, e o namorado dela, William Cesar Moreno.

O crime ocorreu no dia 18 de janeiro no Bairro Consil, em Cuiabá.

A pronúncia foi determinada pela juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da Primeira Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, no mês passado.

Carlos Alberto, que é filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra, é réu por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, perigo comum e utilização de recurso que dificultou a defesa das vítimas. Ele também responde por feminicídio contra Thays. O empresário está preso na Penitenciária da Mata Grande, de Rondonópolis.

No recurso, os advogados Francisco Faiad e Eduardo Barbosa, pedem que seja afastada as qualificadoras de motivo torpe, perigo comum e utilização de recurso que dificultou a defesa das vítimas.

Na prática, o pedido visa reduzir a pena que o empresário sofrerá no Tribunal do Júri.

Segundo a defesa, o motivo torpe não pode ser justificado pelo ciúme que o empresário sentia da ex, conforme jurisprudência do próprio Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

“No caso dos presentes autos, o relatório técnico nº 2023.5.63561 (ID. 112259203) revelou que, dias antes do crime, o Recorrente chegou a contratar os serviços espirituais de uma “cigana” com o fim de reatar o seu relacionamento com a vítima Thays, a demonstrar que seu estado emocional não pode ser qualificado como torpe ou fútil, mas sim como um sentimento pessoal forte e explicativo do seu descontrole quando do cometimento do ilícito penal imputado”, diz trecho do recurso.

Já quanto ao perigo comum, a defesa sustenta não houve risco a integridade física de outras pessoas, uma vez que os disparos de arma de fogo foram dirigidos em apenas na direção de Thays e William

“A confirmar este entendimento, as próprias imagens das câmeras de segurança – tanto aquelas do edifício frente ao qual ocorreram os disparos, quanto as imagens colhidas por denúncia anônima – mostram que, na ocasião dos fatos, não havia pedestres ou transeuntes utilizando a rua ou a calçada onde as vítimas foram alvejadas”, diz trecho do documento.

Por fim, em relação a utilização de recurso que dificultou a defesa das vítimas, os advogados alegam que o casal não foi “surpreendido” pelo empresário, já que haviam dito contato com ele na madrugada anterior e tomaram conhecimento de que estava armado.

“As provas contidas nos presentes autos demonstram que as vítimas, na madrugada do mesmo dia do crime, tiveram contato direto com o Recorrente, ocasião em que este as perseguiu até uma delegacia de polícia. Veja-se, inclusive, que naquela ocasião as vítimas tomaram conhecimento de que o Recorrente estava armado”, diz trecho do documento.

“As imagens das câmeras de segurança do edifício Solar Monet permitem afirmar que, momentos antes do cometimento do crime, o Recorrente passa com o seu veículo em frente às vítimas, dando marcha ré logo em seguida, para, só após a manobra, iniciar os disparos. Não é razoável presumir, portanto, que as vítimas foram surpreendidas”, diz outro trecho do recurso.

O crime

Thays Machado Willian Moreno foram mortos em frente ao Edifício Solar Monet.

Eles foram até o edifício, onde mora a mãe dela, para deixar um veículo na garagem.

Ao sair na portaria para aguardar a chegada de veículo de transporte por aplicativo, as vítimas foram surpreendidas pelo assassino, que conduzia um Renault Kwid, e passou a fazer os disparos contra o casal, que morreu ainda no local.

A perícia preliminar de criminalística da Politec constatou que Thays foi atingida por três disparos, sendo dois nas costas e um na altura do quadril.

Willian, mesmo atingido no braço esquerdo e no peito com três disparos, ainda tentou fugir do atirador, mas caiu na calçada, a poucos metros de Thays.

 

 

 

 

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