A Justiça manteve a prisão preventiva de Edno de Abadia Borges, 62 anos, acusado de matar o bolsonarista Valter Fernando da Silva, de 36 anos, por suposta desavença política. O crime ocorreu em um bar na cidade de Jaciara (142 km de Cuiabá).
A decisão foi dada na tarde desta quarta-feira (22), pelo juiz Ednei Ferreira dos Santos, durante audiência de custódia.
O suspeito se entregou à Polícia Civil na noite da última terça-feira (21).
Ao manter a prisão, o magistrado apontou a gravidade do crime e o fato de o suspeito ter fugido do local.
“Considerando que não houve qualquer fato novo que pudesse dar ensejo à revisão da decisão, mantenho a segregação cautelar”, determinou.
“Em que pese os argumentos da defesa, os Tribunais Superiores possuem entendimento harmônico no sentido de que a apresentação espontânea do agente à autoridade policial não é, por si só, razão bastante para a revogação do cárcere preventivo”, emendou o magistrado.
Segundo o delegado José Ramon Leite, que está à frente das investigações, o suspeito alegou que agiu em legítima defesa após ter sido ameaçado e xingado pela vítima.
Edno – que é apoiador do presidente Lula – também negou que o crime tenha ocorrido por divergências políticas ou ideológicas.
Valter Fernando foi atingido por dois tiros na região do abdômen e não resistiu.
A Polícia Civil segue investigando o caso.