quinta-feira, 26 de junho de 2025
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HOMICÍDIO QUALIFICADO

MPE vê crime “cruel e covarde” e denuncia filho de deputado

A denúncia é assassinada pelo promotor de Justiça Jaime Romaquelli

O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o empresário Carlos Alberto Bezerra pelo crime de homicídio qualificado contra a  ex-companheira Thays Machado, de 44 anos, e o namorado dela, Wilian Cesar Moreno, de 30.

A denúncia é assassinada pelo promotor de Justiça Jaime Romaquelli, da Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá. Ele afastou o crime de perseguição majorada apontada pela Polícia Civil.

Carlos Alberto é filho do deputado federal Carlos Bezerra (MDB) e está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).

Na denúncia, Romaquelli afirmou que o empresário agiu por motivo torpe, meio cruel e com recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.

“Agiu o denunciado de forma cruel e covarde, revelando extrema perversidade, ao agredir as vítimas com diversos disparos de armas de fogo, descarregando uma pistola semiautomática em área urbana de intensa movimentação de pessoas, em plena luz do dia, no horário comercial de um dia útil, causando o risco de vir a atingir também transeuntes que nada tinham a ver com o seu alvo, resultando perigo comum”, escreveu.

O promotor de Justiça ainda citou que, em relação à ex, Carlos Alberto praticou o crime de feminicídio “num contexto de violência doméstica e familiar e menosprezo à condição de mulher”.

Declarou que ambos tiveram um relacionamento de dois anos e Carlos Alberto sempre se mostrou ser uma pessoa “extremamente controladora e possessiva”.

E, conforme Romaquelli, após a separação, o empresário passou a “vigiá-la mais intensamente ainda, monitorando-a a todo tempo através de ligações, aplicativos de rastreamento,  já planejando a sua morte”.

O promotor de Justiça ressaltou que na madrugada da data do crime, o empresário, utilizando os mecanismos de rastreamento a que tinha acesso, seguiu Thays até ao Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, local em que foi buscar Willian.

No caminho, o casal percebeu que estavam sendo seguidos por Carlos Alberto e chegou a parar na Central de Flagrantes e comunicar os fatos.

Mas, no momento em que seria feita abordagem do empresário por policiais daquela unidade, ele arrancou com o veículo e empreendeu fuga.

Mais tarde, porém, lembrou Romaquelli,  ele cometeu o “crime trágico” contra as vítimas.

Thays e Willian foram mortos a tiros no último dia 18 em frente ao Edifício Solar Monet, em Cuiabá. Eles foram até o edifício, onde mora a mãe dela, para deixar um veículo na garagem.

“Depois de deixar as chaves do veículo da mãe na portaria do prédio, Thays e Willian caminharam até a calçada na frente do edifício para chamarem um Uber, e ali foi o palco dos trágicos delitos tratados abaixo”, concluiu o promotor de Justiça.

 

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