THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
Carlos Alberto Gomes Bezerra confessou em depoimento à Polícia Civil que matou a ex-namorada, Thays Machado, de 44 anos, e o atual namorado dela, Wiliam Cesar Moreno, de 30, no Bairro Consil, em Cuiabá, na tarde desta quarta-feira (18).
Carlos, que é filho do deputado federal Carlos Bezerra (MDB), foi ouvido pelo delegado Marcel Gomes de Oliveira, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) às 00h desta quinta-feira (19), após ser preso em uma fazenda da família, em Campo Verde.
Ele afirmou que conheceu Thais há cerca de três anos, alegou que sofre de diabetes e está em estágio de neuropatia, “o que lhe causou descompensa emocional, e confirma ter praticado o crime de homicídio contra sua namorada Thays e a vítima Willian”.
“Que o interrogado declara que não deseja informar como se deu dos fatos e fará uso de seu direito em permanecer em silêncio sobre este fato”, diz trecho do documento.
“Que declara que lhe faltou inteligência emocional e está muito arrependido do que fez. Nada mais disse, nem lhe foi perguntado”, diz outro trecho do documento.
O crime
Thays Machado e William César Moreno foram mortos com disparos de arma de fogo no momento em que saíam do edifício Solar Monet.
O casal foi até o edifício, onde mora a mãe de Thays para deixar um veículo na garagem, e ao sair na portaria para aguardar a chegada de veículo de transporte por aplicativo, as vítimas foram surpreendidos pelo suspeito, que conduzia um veículo modelo Renault Kwid, e passou a fazer os disparos contra Thays e William, que foram a óbito ainda no local.
A perícia preliminar de criminalística da Politec constatou que Thays foi atingida por três disparos, sendo dois nas costas e um na altura do quadril.
William, mesmo atingido no braço esquerdo e no peito com três disparos, ainda tentou fugir do atirador, mas caiu na calçada, a poucos metros de Thays.
Conforme os primeiros levantamentos realizados pela equipe da DHPP, Thays e William estavam em um relacionamento, mas a mulher vinha sofrendo ameaças do ex-companheiro e suspeito do crime.
Ela teria comentado com familiares que estava sendo ameaçada de morte e ia registrar um boletim de ocorrência contra o agressor.