Na coletiva em que reforçou críticas ao atual sistema eleitoral brasileiro, o presidente do PL nacional, Valdemar da Costa Neto, sugeriu que criminosos usam as manifestações em rodovias de Mato Grosso para enfraquecer o movimento de caminhoneiros.
Os atos criminosos no Estado ganharam força após decisão o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinando o bloqueio de contas de empresários mato-grossenses suspeitos de financiar as manifestações antidemocráticas.
Desde então, caminhoneiros tiveram cargas saqueadas, veículos incendiados, pessoas proibidas de circular nas vias, além de um atentado a base da concessionária Rota do Oeste.
“Existe um abuso muito grande em Mato Grosso, principalmente, de alguns segmentos estarem explorando esse evento para fazer movimento contra os fazendeiros”, disse Valdemar.
“Trata-se de gente que mexe com carga roubada, carga de inseticida, por exemplo. Gente que importa defensivos ilegalmente do Uruguai. Existe uma briga muito grande lá por causa disso. Mas isso tem que ser encerrado. Temos que ser contra isso. Temos que lutar e usar a força contra isso. Ninguém pode impedir o direito de ir e vir”, emendou o presidente.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não há mais interdições nas rodovias estaduais e federais de Mato Grosso.
Contestação as urnas
Na terça-feira (22), o PL entrou com ação na Justiça Eleitoral alegando “mau funcionamento das urnas [antigas] com potencial para macular o segundo turno das eleições presidenciais de 2022”.
A siga de Valdemar da Costa Neto pediu a anulação dos votos de 279.336 urnas.
Em um despacho, o ministro Alexandre de Moraes deu 24 horas para o PL incluir na petição os dados da suposta auditoria também no primeiro turno das eleições.
Na coletiva de hoje, o PL manteve o pedido para que sejam verificados apenas os resultados das urnas eletrônicas antigas usadas no segundo turno da disputa presidencial.
“A coligação autora requer que seja mantido como escopo inicial da verificação extraordinária o segundo turno da eleição de 2022”, diz o documento enviado pela legenda ao TSE.