Uma delegada que atua no interior do Estado – que não teve a identidade revelada – está entre os alvos da Operação Clear Sky, deflagrada pela Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (19).
Ela é suspeita de integrar um grupo envolvido em crimes de concussão, advocacia administrativa e associação criminosa.
Também estão entre os alvos da ação, advogados, policiais, servidores e ex-servidores da delegacia de Marcelândia.
Segundo as investigações da Corregedoria-Geral da Polícia Civil, os policiais civis previamente ajustados em unidades de propósitos com advogados, passaram a exigir vantagem indevida, consistente na exigência ainda que dissimulada, de contratação de advogado específico, sob pena de encaminhar presos em flagrante para o presídio “Ferrugem” em Sinop.
A investigação conseguiu apontar, que os valores pagos a título de fiança formalizada nos autos eram inferiores ao que havia sido pago pelos familiares dos presos.
Desta forma, ficou caracterizado que os acusados “vendiam” um preço global que os presos e seus familiares deveriam pagar, não especificando o que seria fiança e o que seriam honorários advocatícios, para que eles ficassem soltos.
Ao todo, foram oito mandados de busca e apreensão e seis medidas cautelares diversas de prisão.
As ordens judiciais são cumpridas nas cidades de Cuiabá, Vila Bela da Santíssima Trindade, Peixoto de Azevedo e Marcelândia.
