sexta-feira, 27 de junho de 2025
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CAIU "ATIRANDO"

Cassado, Paccola acusa Juca do Guaraná e outros de integrarem organização criminosa

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

Após ter o mandato cassado nesta quarta-feira (5), o Tenente-Coronel Marcos Paccola (Republicanos) acusou o presidente da Câmara de Cuiabá, Juca do Guaraná (MDB), e outros três colegas de integrarem uma organização criminosa.

Além de Juca, ele citou Lilo Pinheiro (PDT), Sargento Vidal (Pros) e Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania). Todos votaram a favor da cassação. No total, foram 13 votos sim, cinco votos não, três abstenções e quatro ausências.

“Com alguns aqui eu não me decepcionei. Mas vereador Lilo, vereador Vidal, vereador Rodrigo Arruda e Sá, eu realmente me decepcionei muito. Eu não acreditava que os senhores faziam parte da maior organização criminosa que existe em Cuiabá e eu vou provar um por um, inclusive, o senhor presidente [Juca do Guaraná]”, disse.

Paccola foi cassado por quebra de decoro parlamentar pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, ocorrido no dia 1º de julho, no Bairro Quilombo.

No lugar de Paccola, deverá assumir a suplente Maysa Leão (Cidadania).

Paccola chora

A sessão teve início por volta de 10h com a leitura do relatório da Comissão de Ética, que deu parecer favorável à cassação do parlamentar. O pedido partiu da vereadora Edna Sampaio (PT).

Por volta de 11h30, Paccola iniciou sua defesa. Ele chorou ao dizer que não se sente satisfeito com o resultado da sua ação naquele dia.

“Em momento algum me senti feliz ou satisfeito com o resultado, em se tratando principalmente de um colega de profissão. Às vezes, ouvindo minhas falas, não tenham visto as minhas lágrimas, nem as da minha família. Não pensem ao irmão, a mãe, eu também tenho mãe”, disse o vereador, emocionado.

Ele completou dizendo que poderia ter sido morto caso não tivesse tomado a decisão de atirar no agente, uma vez que ele também estava armado.

“Não por que ele é uma pessoa má, mas numa situação em que duas pessoas se encontram em um cenário de arma de fogo, dificilmente há um resultado diferente daquele que aconteceu”, afirmou.

“Infelizmente, essas tragédias acontecem diante do cenário que se impõe para cada um”, acrescentou.

Paccola frisou que naquela situação, a percepção que teve é de que Myagawa executaria a namorada, a bacharel em Direito Janaina Sá.

Ele ainda disse que não espera benevolência dos vereadores.

“Não quero que os senhores votem para me ajudar ou me prejudicar, nem por influência de A ou B, mas por suas próprias convicções”, disse.

O caso 

Paccola interferiu em uma confusão que acontecia em frente a uma distribuidora do Bairro Quilombo envolvendo Myagawa e a namorada dele.

Na ocasião, o agente estava com uma arma na mão atrás de Janaína Sá.

Nesse momento, o vereador chega e atira três vezes contra o agente.

Paccola alegou que passava pelo local e foi informado que Myagawa estava armado e ameaçando a companheira dele. O vereador ainda disse que chegou a dar voz de prisão, mas o agente não teria obedecido.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) e é réu por homicídio qualificado por recurso que impossibilitou a defesa por parte da vítima e por motivo torpe.

 

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