Uma mulher presa no Rio de Janeiro durante a Operação Dissidência, deflagrada nesta quinta-feira (18) pela Força de Segurança Pública de Mato Grosso, foi a responsável por iniciar a guerra entre facções em Sorriso (415 km de Cuiabá).
Pelo menos 15 pessoas morreram nas últimas semanas no município.
Apontada como uma das principais lideranças do Comando Vermelho, ela estaria ordenando a execução de aliados sem nenhum motivo.
As mortes causaram revolta de alguns membros, que migraram para outra organização criminosa. A partir daí deu-se início as matanças entre eles.
“Ela foi o ponto focal da guerra existente aqui entre essas facções na região centro/norte do Estado de Mato Grosso. Isso porque, ela atuava de uma maneira muito violenta e autoritária”, disse o delegado da Polícia Federal Antônio Flávio Rocha Freire, um dos responsáveis pela operação.
“Ela determinava a execução desses integrantes mesmo, segundo os presos, não tendo obtidos provas, elementos de que eles teriam cometido alguma infração, algum desvio de conduto perante essa facção criminosa”, acrescentou.
A mulher teve o mandado de prisão cumprido em Macaé (RJ).
Ao todo, a operação cumpriu 22 mandados de prisão preventiva, 3 de prisão temporária e 36 de busca e apreensão em Mato Grosso e no Rio de Janeiro.
Durante a ação, 13 pessoas ainda foram presas em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas.
Os policiais também apreenderam drogas, armas, munições e R$ 30 mil em espécie.
A Força de Segurança Pública de Mato Grosso (FTSP/MT) é composta pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar e tem por objetivo a atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.
Thaiza Assunção – Da Redação
