A Justiça condenou o servidor Pitágoras Pinto de Arruda, ex-assessor do magistrado Geraldo Fidelis, a três anos e quatro anos de prisão, em regime inicial aberto, por desvio de verba pública. Ele também foi condenado a perda do cargo público.
A decisão é assinada pela juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada nesta segunda-feira (8). A pena restritiva de liberdade foi substituída por duas penas restritivas de direito, que serão impostas pela Vara de Execução Penal de Cuiabá.
O ex-assessor foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por ter desviado cerca de R$ 26 mil do dinheiro do Judiciário, através de pagamentos de honorários de psiquiatra, e repassado para uma conta no nome da mãe dele.
Os exames custavam R$ 2 mil e, segundo as investigações, ele cobrava R$ 6 mil, ficando com a diferença.
Pitágoras chegou a ser preso em 2018, na Operação Regressus, e confessou os crimes em depoimento.
A operação investigou um esquema de fraudes em processos de progressão de regime de presos, peculato e lavagem de capitais.
Além de Pitágoras, também foram presos na operação, o ex-golpista Marcelo Nascimento da Rocha, conhecido por “Marcelo Vip”, e Márcio Batista da Silva, o “Dinho Porquinho”.
Conforme o MPE, Marcelo e outros presos apresentaram documentos de empresas de fachada para comprovar que estavam trabalhando e assim conseguissem a progressão do regime de pena ao qual foram condenados.
A operação foi desencadeada após uma denúncia do juiz Geraldo Fidelis, que suspeitava que seu ex-assessor estivesse participando de um esquema de fraudes no Judiciário.
Thaiza Assunção – Da Redação