O desembargador Luiz Ferreira da Silva determinou o bloqueio de R$ 16 milhões das contas do prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB), de seu chefe de gabinete, o advogado Antônio Monreal Neto, e da primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro.
O sequestro de bens se dá como forma de garantir o ressarcimento ao erário por conta de pagamentos irregulares realizados pelo Prêmio Saúde. A ordem de bloqueio também recai sobre a secretária adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza e o ex-coordenador de Gestão de Pessoas, Ricardo Aparecido Ribeiro.
O bloqueio se deu na segunda-feira (18), um dia antes da deflagração da Operação Capistrum, pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público de Mato Grosso, que resultou no afastamento de Emanuel e prisão de Neto.
As ordens foram cumpridas após acordo firmado entre o ex-secretário de Saúde da Capital, Huark Douglas, que deu detalhes ao Ministério Público sobre como se dava o funcionamento da organização criminosa que atuava na Secretaria Municipal de Saúde.
Em seu relato, Huark revelou que o prefeito utilizava contratos temporários da Saúde como “canhão político” para barganhar sua influência junto a vereadores. As contratações eram feitas sem levar em consideração a formação das pessoas, que passavam a trabalhar vinculadas à prefeitura por indicação política.
Além disso, o ex-secretário também delatou irregularidades no pagamento do Prêmio Saúde, que não seguiria qualquer tipo de critério técnico para serem realizados, sobressaindo apenas decisões de caráter arbitrário.