Em evento partidário realizado em Cuiabá, o governador do Rio Grande do Sul e pré-candidato à presidência da República em 2022, Eduardo Leite (PSDB), afirmou ter a convicção de que o segundo turno da disputa eleitoral do próximo não será entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT).
Segundo ele, a polarização entre esses dois nomes acaba gerando um alto índice de rejeição para ambos e a possibilidade de crescimento de uma terceira via.
“Não podemos aceitar que o Brasil fique dividido entre o que está aí – que não está bem – e o Brasil que fomos – que também não foi bom. Assim como polariza as intenções de voto, polarizam também as rejeições. Os dois candidatos são muito rejeitados”, afirmou.
“Isso em um processo eleitoral vai fazer com que a população procure alternativa. Cabe a nós sabermos oferecer essa alternativa que se conecte ao sentimento das ruas. Tenho absoluta convicção que o segundo turno do próximo ano não será entre Lula e Bolsonaro”, emendou o tucano.
Críticas a Bolsonaro
Durante o ato, que reuniu lideranças do PSDB de Mato Grosso, o governador não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro.
“A inflação cresce mais que outros países. O desemprego não cede. Semana após semana temos uma redução na perspectiva de crescimento econômico. Muito por conta da atuação errática do presidente. Um dia ataca instituições, um dia pede desculpas e a gente fica se perguntando até quando durará esse recuo presidente”, argumentou.
“Esse ambiente de tensão cria vícios institucionais, políticos e econômicos. Ao final, faz o povo pagar a conta. O Brasil precisa sair deste impasse e criar um ambiente de serenidade, uma agenda que demonstre um ambiente seguro a investidores. Tenho confiança que vamos conseguir mostrar isso à população e criar esse ambiente”.
Encontro com Mendes
Mais tarde, Eduardo Leite fez uma vista ao governador Mauro Mendes, no Palácio Paiaguás.
O governador citou que muito do que Mato Grosso é hoje também é fruto do trabalho de imigrantes que vieram de outros estados, como o Rio Grande do Sul.
“O Rio Grande do Sul é um estado importante e tem uma grande conexão com Mato Grosso, porque em vários cantos do nosso estado há pessoas que vieram de lá, assim como de vários outros estados, e que nos ajudaram a construir esse Mato Grosso que dá orgulho a todos nós”, disse.
Eduardo Leite também ressaltou que MT e RS têm muito em comum e que, por isso, é importante a troca de experiências de sucesso das gestões.
“Iniciamos governos que estavam em situações difíceis, com dívidas. Trocar essas experiências, conversar sobre as iniciativas adotadas em nossos estados, entender o que se passa por aqui e o que fizemos por lá é uma forma de fazermos esse intercâmbio de informações e assim aprimorarmos nossos governos em favor da população”, pontuou.