O governador Mauro Mendes (DEM) disse que os policiais penais que estão em greve no Estado serão responsabilizados, caso ocorram rebeliões em unidades prisionais de Mato Grosso.
O movimento da categoria já foi declarado ilegal em duas decisões judiciais.
Os profissionais estão com as atividades paralisadas e exigem a equiparação salarial com outras categorias da Segurança Pública.
Enquanto isso, atividades como as visitas nos presídios estão suspensas, o que gera um temor de medidas radicais por parte dos detentos.
Após um evento no Palácio Paiaguás nesta manhã, Mendes foi questionado se teme que o sistema prisional no Estado vire um “barril de pólvora”.
“Eles vão responsabilizados por isso. Tem decisões judiciais… é claro que eu temo. Agora, já pensou se os policiais militares, policiais civis, médicos pararem? Vira um caos”, disse.
“E aí todo mundo que parar o Governo vai dar aumento, aumento e mais aumento. É isso? É certo isso? Não é certo”, emendou.
Segundo Mendes, as negociações com a categoria estão zeradas, já que os profissionais optaram pela manutenção da greve.
Conforme ele, o sindicato já estava ciente de que essa seria a postura adotada pelo Governo.
“O Governo não tem nada a acrescentar daquilo que já disse. Eles não estão cumprindo as decisões judiciais. O Governo não tem nenhuma proposta nova. Não é porque fez greve que o Governo vai aumentar salário. Fosse assim era fácil”, disse.
“Eu administro com lógica, racionalidade e bom senso. E não tem nada que possamos fazer. Foi dito na reunião com toda clareza: ‘Temos uma proposta hoje, se entrar em greve a proposta está zerada’. Eles tomaram o caminho da greve, então hoje o governo não tem mais proposta”, concluiu.